Ex-governador admite ter denunciado a compra do Banco Master, em uma articulação que teria o apoio de figuras ligadas ao PT, como Haddad e Rui Costa, para minar o sucesso da instituição, que hoje é motivo de orgulho para a capital
O ex-governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg, parece ter memória curta. Em um vídeo que circula nas redes sociais na última sexta-feira (5), ele admitiu ter atuado diretamente para minar uma das principais operações do Banco de Brasília (BRB).
A confissão ocorre após a rejeição, na última quarta-feira (3), da aquisição do Banco Master pelo Banco Central (BC), um movimento que teria forte viés político, segundo análises. A decisão, vista como uma derrota para o crescimento do BRB, é atribuída a uma articulação de nomes ligados ao PT e a seus aliados, incluindo o próprio Rollemberg, Ricardo Capelli, Fernando Haddad e Rui Costa, todos figuras que, historicamente, enfrentam sucessivas derrotas eleitorais no Distrito Federal.
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A crítica e os questionamentos sobre o passado de Rollemberg
Na gravação, Rollemberg acusa a atual gestão de agir contra os interesses da população, com a denúncia da operação. “Então nós denunciamos essa compra, essa compra é totalmente contrária aos interesses da população do Distrito Federal. Não tinha cabimento nenhum o BRB comprar por R$ 2 bilhões um banco que muitos diziam que era um banco falido, muitos diziam que era um banco todo enrolado.
A gravação continua com uma série de questionamentos diretos a Rollemberg, que parecem refutar sua crítica, citando problemas enfrentados por Brasília durante seu governo.
O vídeo afirma que Rollemberg e seu “forasteiro” (Ricardo Capelli) deveriam ter vergonha, e que a gestão do ex-governador foi uma tragédia para o Distrito Federal. A acusação aponta que foi sob sua liderança que o BRB teve um de seus ex-presidentes preso; que o viaduto da Galeria dos Estados desabou; que as passagens de ônibus foram aumentadas; e que a cidade ficou sem água por 513 dias.
O passado e o futuro do BRB
A narrativa de Rollemberg ignora o histórico recente do banco. Reportagens da época destacaram que o BRB, sob a gestão de Rollemberg, quase chegou à falência, exigindo intervenções para evitar o colapso. O BRB, que já foi visto com desconfiança, é hoje uma instituição sólida e lucrativa, em forte contraste com o período em que esteve sob a gestão do ex-governador.
A atual gestão “salvou o banco da beira do precipício”. E os números provam essa visão: em 2023, o BRB registrou um lucro líquido de R$ 1,029 bilhão, um recorde histórico, representando um aumento de 22% em relação ao ano anterior. Além disso, o banco expandiu sua carteira de crédito e atraiu um número expressivo de novos clientes.
A união de Rollemberg com Ricardo Capelli para atacar a instituição parece ser um esforço político para minar o desenvolvimento econômico do DF, ignorando a realidade de um banco que superou os desafios de sua própria gestão.
Assista ao vídeo completo