Cortina de Fumaça: Chico e Rollemberg pedem CPI, mas omitem passado de operações policiais no BRB

Autores do pedido de CPI tentam desgastar Ibaneis, mas omitem o próprio histórico: da “Operação Circus Maximus”, que prendeu indicados de Rollemberg , às investigações sobre propina na saúde envolvendo o ex-governador Agnelo Queiroz

 O deputado distrital Chico Vigilante (PT) e o ex-governador e deputado federal Rodrigo Rollemberg (PSB) se movimentam para instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) investigando a relação entre o Banco de Brasília  e o Banco Master.

Escancaradamente, eles querem pegar carona na operação Compliance Zero para tentar desgastar a imagem do governador Ibaneis Rocha (MDB), que figura entre os governadores mais bem avaliados do país, com 63% de aprovação. A ação dos esquerditas tem o objetivo  de criar uma cortina de fumaça para esconder o passado desastroso deixado por seus próprios grupos políticos no comando do DF.

O “Pacote” Rollemberg: prisões e propina no BRB

Não é preciso muito esforço para encontrar o rastro de escândalos. Quem hoje pede CPI, ontem via a cúpula do banco ser levada pela Polícia Federal (PF).

No governo de Rollemberg, a Operação Circus Maximus desmantelou um esquema de corrupção dentro da instituição financeira. Segundo as investigações da época, ex-diretores do BRB e empresários receberam cerca de R$ 40 milhões em propina para liberar investimentos em empreendimentos imobiliários, como o extinto Trump Hotel.

Na época, a cúpula do BRB na gestão Rollemberg foi alvo direto da operação da PF e do Ministério Público Federal (MPF). O então presidente do banco, Vasco Cunha Gonçalves, nomeado por Rollemberg, foi preso junto a outras 13 pessoas.

Além disso,  o MPF revelou que parte da propina desviada no esquema do BRB teria sido utilizada para pagar dívidas de campanha de Rollemberg.

A memória curta sobre Agnelo Queiroz

O PT de Chico Vigilante também tem contas a acertar com a história. O ex-governador Agnelo Queiroz foi alvo de operações de combate à corrupção que expuseram a má gestão dos recursos públicos.

Agnelo foi alvo de uma operação do Ministério Público suspeito de envolvimento em esquemas de propina na compra de leitos hospitalares. As investigações identificaram suspeitas de irregularidades em um contrato de R$ 4,6 milhões, envolvendo empresários em esquemas ilícitos na saúde pública.

Oportunismo e inelegibilidade

Outra figura que quer ressurgir aproveitando a narrativa é o ex-governador José Roberto Arruda. Contudo, sua tentativa de voltar ao jogo esbarra na justiça. Recentemente, ministros rejeitaram por unanimidade um recurso de sua defesa, mantendo Arruda inelegível em razão das condenações relacionadas ao esquema de corrupção de 2009.

A CPI seletiva e o Banco Master

Se a intenção de Vigilante e Rollemberg fosse uma investigação técnica, teriam de convocar aliados de primeira hora.

De acordo com um gráfico publicado pela Folha de S. Paulo na última terça-feira (18), a rede de influência do Banco Master atinge a cúpula da República, incluindo o escritório da família do ministro Alexandre de Moraes, o ministro Ricardo Lewandowski (que já atuou como consultor do banco) e figuras centrais do governo Lula, como Jaques Wagner e Rui Costa.

Confira

Gráfico publicado pela Folha de S. Paulo

Tudo indica que a CPI visa unicamente atacar o governo Ibaneis e proteger aliados, apostando que o povo brasiliense já esqueceu os escândalos do passado.

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