André Godoy, representante da Vigilância Sanitária, foi contra a extensão do horário de funcionamento, pois “a medida tem diminuído a aglomeração.”
Nesta segunda-feira (14), aconteceu uma audiência publicas com donos de bares e restaurantes, músicos e representantes da Saúde e da Vigilância Sanitária do Distrito Federal, na reunião foi discutido o decreto do governador Ibaneis Rocha em restringir o funcionamento desses comércios até às 23h.
Quem coordenou a reunião foi a deputada Júlia Lucy (Novo), ao final da sessão foi feita uma proposta de negociação com o governo: bares e afins poderiam funcionar até 1h da manhã, nos últimos 15 dias do ano, estando suscetíveis a fiscalização, até com a presença da Polícia Militar. Já a Vigilância Sanitária e Saúde se posicionaram com ressalvas.
A parlamentar acredita que as decisões politicas precisar ser feitas com diálogo, “Não dá para pegar apenas um ponto de vista. Todos têm de ser ouvidos. Restringir o funcionamento em uma ou duas horas, do ponto de vista sanitário, não tem embasamento”, ressaltou.
“Este é um momento crucial para o setor, para recuperar ganhos. Quem não for para um bar, vai acabar se aglomerando em ambientes ‘invisíveis’, em espaços privados e, aí, não há nada que o governo possa fazer. Além disso, vamos quebrar mais estabelecimentos e músicos, e fingir que nada acontece”, destacou a deputada sobre a época festiva de final de ano.
Sobre a fiscalização extensiva a distrital enterrou que “muitos estabelecimentos não estão respeitando, por isso precisamos ampliar a capacidade de fiscalização, para não penalizar quem está trabalhando direito”.
Rodrigo Freire, empresário do setor, apontou que o grande problema se dá pelo descumprimento das regras por alguns estabelecimentos. “O setor sofreu demais com essa pandemia, está um verdadeiro desespero”, afirmou. O empresário cobrou mais transparência do decreto, por parte do GDF.
Opinião da Vigilância Sanitária
Já o André Godoy, representante da Vigilância Sanitária, foi contra a extensão do horário de funcionamento, pois “a medida tem diminuído a aglomeração.”. André destacou que muitos locais são fechados, com ar condicionado, o que aumenta as chances de contaminação.
O sanitarista ainda fez critica da atitude de auferir a temperatura pelo braço. “A instituição Vigilância Sanitária prefere manter até as 23h, pelo que percebemos, melhorou a questão da aglomeração. Sou servidor público e represento a instituição. Tenho dúvidas se não devia ser mais restrito”, completou.