Com placar de 14 a 7, projeto enviado por Ibaneis Rocha foi aprovado em cinco dias e agora segue para sanção do governador. Estratégia visa fortalecer o banco público do DF no cenário nacional.
A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, em dois turnos, o projeto que autoriza o BRB – Banco de Brasília a adquirir o controle acionário do Banco Master. A votação final, realizada nesta terça-feira (19), terminou com 14 votos favoráveis e 7 contrários.
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A aprovação aconteceu em tempo recorde, apenas cinco dias após o projeto ser enviado à Casa pelo governador Ibaneis Rocha (MDB). Com o aval dos deputados, o texto agora retorna ao Poder Executivo para a sanção do governador, etapa final para a concretização do negócio.
A transação autorizada permite que o BRB compre 49% das ações ordinárias (com direito a voto) e 100% das ações preferenciais do Banco Master.
Mesmo com a oposição manifestada nos 7 votos contrários, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, apresentou uma série de argumentos favoráveis à operação. Em declarações à imprensa, ele detalhou os benefícios esperados com o negócio. “Com a revisão do plano de negócios e da atuação, existe uma expectativa de crescimento do resultado de dividendos, que será revertido em políticas públicas. Outro benefício é que o BRB passa a ter mais produtos, a atuar em outros segmentos, que ficam à disposição das pessoas que moram no DF. Além disso, o fortalecimento do BRB vai naturalmente gerar emprego e renda”, resumiu
Costa também fez questão de esclarecer que os recursos para a compra virão da própria atividade comercial do BRB, afirmando que “o fluxo de caixa do Distrito Federal não se confunde com o fluxo de caixa da instituição financeira”.
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Apoio político e visão de mercado
A proposta foi defendida na CLDF pelo líder do governo, deputado Hermeto (MDB), que argumentou sobre a necessidade de o banco se manter competitivo. “O Banco precisa expandir seus negócios, porque se estacionar hoje não vai ser competitivo no mercado”, afirmou.
O deputado Iolando (MDB) relembrou a recuperação do BRB, que em 2019 enfrentou discussões sobre uma “possibilidade de extinção”, e celebrou o atual momento de expansão, que, segundo ele, trará uma “marca nacional” para o Distrito Federal.
Veja como votaram os deputados, nos dois turnos
- Chico Vigilante (PT): não
- Dayse Amarilio (PSB): não
- Doutora Jane (AGIR): sim
- Eduardo Pedrosa (União Brasil): sim
- Fábio Félix (PSOL): não
- Gabriel Magno (PT): não
- Hermeto (MDB): sim
- Iolando (MDB): sim
- Jaqueline Silva (AGIR): sim
- João Cardoso “Professor Auditor” (Avante): sim
- Jorge Vianna (PSD): sim
- Martins Machado (Republicanos): sim
- Max Maciel (PSOL): não
- Paula Belmonte (Cidadania): não
- Pastor Daniel de Castro (PP): sim
- Pepa (PP): sim
- Ricardo Vale (PT): não
- Robério Negreiros (PSD): sim
- Rogério Morro da Cruz (PMN): sim
- Roosevelt Vilela (PL): sim
- Thiago Manzoni (PL): sim no primeiro turno, ausente no segundo turno
- Wellington Luiz (MDB): sim
Os deputados Daniel Donizet (MDB) e Joaquim Roriz Neto (PL) estão licenciados e não votaram.