
São os votos de…(seu nome). Colar um sol (pássaro, flor), imprimir e boa!
Saúde, inteligência e bom senso. É o tripé de desejos que todo brasileiro manda de brinde no final do ano, junto com a uva-passa no arroz e o calor de 40 graus. O problema é que essa lista é mais ambiciosa que ganhar na Mega da Virada. A saúde, por exemplo, é o clichê que todo mundo pede, mas poucos respeitam. A dieta é sempre a primeira vítima da euforia de Ano Novo: jura-se amor eterno à salada no dia 1º, mas no dia 2 já tem coxinha sendo chamada de “petisco saudável porque tem frango”.
Já a inteligência… Ah, essa sofre porque é pouco praticada. Todo mundo quer ser mais esperto, mas ninguém quer o esforço. É como academia: só funciona se você usar. E convenhamos, pedir inteligência para uns é tão útil quanto pedir samba no pé para quem só conhece dois passos: o da falta de ritmo e o da desculpa esfarrapada.
O bom senso, esse sim merece um parágrafo só dele. Porque é artigo de luxo, como ar-condicionado no ônibus. Tem quem o confunda com opinião própria, mas não: bom senso é aquele superpoder de saber que não se deve explicar a piada, discutir política no churrasco ou estacionar na vaga do idoso enquanto diz: “É rapidinho”.
O Ano Novo chega e a gente sempre promete melhorias, como se a mudança no calendário fosse uma varinha mágica. Mas a verdade é que a vida segue igualzinha à ceia do dia 25: só esquenta, remonta e serve de novo. O que muda mesmo é a cara de pau de quem insiste em acreditar que 2025 vai ser “o ano”. Pois que seja!
Então, neste réveillon, faço como toda sogra no WhatsApp e deixo aqui meu desejo de paz mundial, saúde para aguentar as dores da coluna, inteligência para não cair no golpe do Pix e bom senso para entender que piada ruim é só um teste de paciência. E, claro, coragem para enfrentar o espelho no dia 1º e assumir que o primeiro “projeto verão” é aprender a rir de si mesmo.

