Nova Convenção Coletiva garante reajustes para mais de 50 mil trabalhadores do comércio do Distrito Federal

Foto divulgação
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Mais de 50 mil trabalhadores do comércio de papelarias, minimercados, açougues, floriculturas e segmentos sem representação sindical formal serão beneficiados pela nova Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) assinada entre sindicatos empresariais e laboral. O reajuste salarial geral foi de 6% retroativo a abril de 2025. O salário base dos empregados em geral subiu de R$ 1.520,00 para R$ 1.640,00. Motoristas passaram de R$ 1.677,90 para R$ 1.720,00, enquanto faxineiros e empacotadores tiveram reajuste de R$ 1.520,00 para R$ 1.630,00.

O vale-refeição/alimentação também foi ampliado. Empresas adimplentes com as contribuições sindicais pagarão R$ 24,00 por dia — antes eram R$ 23,00. Para empregados filiados ao Sindicom-DF, o valor subiu de R$ 29,00 para R$ 31,00. Já empresas inadimplentes deverão pagar R$ 33,00 por dia, R$ 3,00 a mais que o valor anterior.

A convenção mantém benefícios como adicional por tempo de serviço de 4% para empregados com cinco anos na mesma empresa, pagamento de horas extras de 50% para as duas primeiras horas e de 100% para as seguintes, além do acesso aos serviços do Sesc-DF e Senac-DF, que incluem capacitação profissional, lazer, saúde e cultura.

O acordo foi assinado entre a Fecomércio-DF, o Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Gêneros Alimentícios, Frutas, Verduras, Flores e Plantas de Brasília (Sindigênero), o Sindicato do Comércio Varejista de Material de Escritório, Papelaria e Livraria do DF (Sindipel-DF) e o Sindicato dos Empregados no Comércio do DF (Sindicom-DF).

Para o presidente da Fecomércio-DF e do Sindipel-DF, José Aparecido Freire, o acordo “traz mais segurança jurídica, organiza as condições de trabalho e protege direitos de forma coletiva, adaptando as regras às necessidades de cada segmento e equilibrando os interesses de todos”.

A presidente do Sindicom-DF, Geralda Godinho de Sales, também celebrou o resultado. “Um empregado mais incentivado produz melhor. Queríamos aumentar ainda mais, mas chegamos a um consenso com os empresários, e isso é importante. Conseguimos um pouco acima da inflação, o que é um bom resultado para uma categoria que não fez greve”, afirmou

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