IgesDF capacita colaboradores para fortalecer registros de denúncias e ampliar segurança institucional

Treinamento orienta o uso correto dos canais oficiais, evita encaminhamentos inadequados e reforça a cultura de ética e transparência no Instituto

A Ouvidoria do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), em parceria com a Corregedoria, iniciou nesta segunda-feira (8) um projeto piloto de capacitação voltado a aprimorar a abertura e o registro de manifestações. A ação busca garantir que denúncias sejam encaminhadas corretamente, evitando retrabalho, atrasos na apuração e riscos para a segurança institucional.

O treinamento ocorreu no Auditório do Hospital de Base, no 12º andar, em dois turnos, das 10h às 12h e das 14h às 16h, e reuniu profissionais da Diretoria de Inovação, Ensino e Pesquisa (Diep), primeiro setor contemplado pela iniciativa.

Segundo a coordenadora de Transparência e Ouvidoria do IgesDF, Nathalia Pina, o projeto será ampliado para outras áreas do Instituto. Ela destaca que a capacitação é fundamental, já que o registro inadequado de denúncias tem dificultado a correta apuração dos fatos e o andamento dos processos internos.

“Observamos um número significativo de denúncias recebidas por canais indevidos, como processo do Sistema Eletrônico de Informações (SEI) ou até pelo sistema MV (plataforma de gestão hospitalar de prontuário eletrônico), que não tem essa finalidade. Isso gera retrabalho, atrasos e até inviabiliza a investigação. Nosso objetivo é orientar para que tudo seja registrado exclusivamente no Participa DF, o canal oficial”, afirma Nathalia.

Logo após a fala da coordenadora, a equipe reforçou aos participantes que o Participa DF é a plataforma oficial do Governo do Distrito Federal para o recebimento de denúncias, reclamações, elogios e demais manifestações. O IgesDF utiliza esse sistema governamental justamente porque ele centraliza, organiza e padroniza os registros, garantindo maior segurança, rastreabilidade e transparência no tratamento das informações.

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Informações essenciais

Durante o treinamento, os colaboradores receberam orientações práticas sobre os elementos mínimos necessários para que uma denúncia possa ser apurada, como identificação do denunciado, relato claro dos fatos, data, horário e local da ocorrência, além de provas ou indícios que sustentem a manifestação.

Nathalia também reforçou o fluxo adequado do processo, que inicia com o registro no Participa DF, segue para o recebimento pela Ouvidoria, passa pela análise da Controladoria Interna e, quando necessário, é encaminhado à Corregedoria antes de seguir para as áreas competentes adotarem as providências cabíveis. Ao esclarecer o fluxo, a coordenadora reforçou novamente que o uso do sistema governamental é um requisito legal e operacional para que todas as denúncias sejam rastreadas e tratadas de forma padronizada.

Os participantes ainda receberam informações sobre os prazos de cada etapa e conheceram casos reais que ilustram erros comuns no envio de denúncias por meios inadequados.

Corregedoria alerta sobre os impactos do denuncismo

A coordenadora da corregedoria do IgesDF, Danielle Lontra, participou da capacitação e apresentou exemplos de situações que chegam ao setor. Ele reforçou a importância de diferenciar denúncias legítimas de casos de denuncismo, quando o instrumento é utilizado de forma inadequada ou com intenção de prejudicar alguém.

“O objetivo é estimular denúncias responsáveis, qualificadas e fundamentadas, que fortaleçam a ética, a transparência e a justiça institucional. O mau uso desses canais pode gerar impactos graves, inclusive emocionais, para quem é acusado injustamente”, explica
Danielle.

Ela também detalhou o fluxo interno da Corregedoria e destacou que o setor atua como última instância no trâmite de denúncias que chegam formalmente ao Instituto.

Colaboradores aprovam a iniciativa

A assistente social da educação permanente, Beatriz Liarte, avaliou positivamente a experiência. “Foi uma capacitação necessária. Acredito que vai ser possível utilizar essa ferramenta de forma mais adequada, conhecendo que podemos ter espaços adequados e pertinentes
que zelam pelas informações trazidas pelos cidadãos”, destaca.

O projeto piloto será avaliado e, posteriormente, expandido para outras diretorias. A expectativa é que, ao longo de 2026, diferentes equipes do IgesDF recebam o treinamento.

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