União não pode ignorar transporte semiurbano do Entorno, diz secretária do Entorno do DF Caroline Fleury

A greve dos rodoviários da Empresa Taguatur, que atende Águas Lindas de Goiás chega ao terceiro dia afetando milhares de usuários que dependem dos ônibus da empresa para se deslocar entre a cidade e o Distrito  Federal.  A paralisação acendeu, mais uma vez, a luz de alerta do governo de Goiás.

De acordo com a secretária do Entorno do Distrito Federal, Caroline Fleury de Lima, a greve dos rodoviários da empresa Taguatur, afeta diariamente mais de 70% da população trabalhadora de Águas Lindas. “Isso representa mais de 125 mil pessoas que deixam de ser transportadas pelo sistema semiurbano o que causa um prejuízo econômico à cidade e, principalmente aos usuários que trabalham em Brasília, os quais são obrigados a optar por um transporte pirata e inseguro”, disse a secretária, em entrevista ao site Radar DF.

Para Caroline, a crise do transporte do Entorno só irá acabar no momento em que houver um consócio com tarifa técnica, subsidiada pelos governos de Goiás, do Distrito Federal e da União, embora o transporte semiurbano do Entorno, seja de total responsabilidade da Agência de Transportes Terrestres (ANTT).

“O governador Caiado já se colocou à disposição, desde o início do seu governo, para colaborar com um terço dos investimentos do consórcio, mas é preciso que o Governo Federal e o Governo do DF garantam igual participação.

ARTICULAÇÕES DO GOVERNO ESTADUAL

Em maio,  governador Ronaldo Caiado, se reuniu com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em Brasília. O chefe do executivo vem buscando soluções para o sistema de transporte coletivo do Entorno do DF, com foco na melhoria do serviço prestado à população e manutenção do preço das passagens, para que o usuário não seja prejudicado.

PROBLEMA SOCIAL

“Caro, de péssima qualidade e perigoso”. É assim que Caroline Fleury  classifica o transporte semiurbano do Entorno.  Ela considera  que a questão do transporte público, nas cidades do Entorno, tonou-se um problema social difícil de ser resolvido se não houver o empenho de todos os setores de governos.

“As empresas utilizam ônibus velhos e atrasam salários de seus funcionários. No final, quem paga caro e fica prejudicado é a população usuária”, aponta Carol .

A secretária lembrou que o governo de Goiás formatou a minuta de um consórcio entre os estados de Goiás, do Distrito Federal e a União. O consórcio seria responsável por planejar, regular, fiscalizar e operar o sistema de transporte coletivo, garantindo mais qualidade, eficiência e integração. Mas segundo ela, até o momento a União não se manifestou sobre o assunto.

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