Operação Korban: PF investiga Associação Moriá e empresas em fraude de verbas de esportes digitais

Operação Korban investiga associação que recebeu recursos para eventos estudantis de esportes digitais

Polícia Federal (PF), em uma operação conjunta com a Controladoria-Geral da União (CGU), deflagrou nesta terça-feira a Operação Korban, que mira um esquema de desvio de recursos públicos. O foco da investigação é a Associação Moriá, aonde cinco dirigentes e seis empresas subcontratas pela entidades, bem como seus sócios, são alvos de busca e apreensão da polícia.

Ao todo, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em ações que ocorreram no Acre, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. As ordens foram expedidas pelo Supremo Tribunal Federal. As medidas cautelares incluem o sequestro de bens, como veículos e imóveis, e o bloqueio de contas bancárias das empresas investigadas. A estimativa é que a indisponibilidade patrimonial possa alcançar R$ 25 milhões.

De acordo com a PF, as investigações buscam esclarecer possíveis irregularidades na execução de cerca de R$ 15 milhões em recursos públicos federais. Esses valores teriam sido repassados à Associação Moriá, sediada no Distrito Federal, por meio de termos de fomento firmados com o Ministério do Esporte. A finalidade declarada era a realização de jogos estudantis de esportes digitais entre 2023 e 2024.

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Conforme publicou o portal Metrópoles, a Associação Moriá é administrada por um ex-cabo do Exército, um motorista e uma esteticista. A entidade ganhou destaque por ter recebido R$ 53 milhões de parlamentares do Distrito Federal em apenas dois anos. Parte significativa desses valores, no entanto, foi cancelada após reportagens do portal.

A associação chegou a receber quase R$ 46 milhões para um programa que visava ensinar crianças e adolescentes a jogar games populares como Free Fire, Valorant, LoL, Teamfight Tactics e eFootball.

Como parte das determinações judiciais, foi imposta a suspensão de novos repasses de recursos federais à Associação Moriá. Além disso, a entidade está proibida de transferir valores às empresas subcontratadas no âmbito dos termos de fomento que estão sob análise.

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