Lula na COP30: “Mudança do clima já não é ameaça do futuro, é tragédia do presente”

Presidente usa exemplos de furações e tornados para exigir que líderes globais acelerem agenda de combate climático com base na ciência e na união

Com um apelo para que o mundo se una contra as desigualdades e trabalhe numa agenda que possa ser implementada com agilidade baseada nos caminhos da ciência no combate aos efeitos da mudança do clima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu as boas-vindas a delegações de todo o planeta na abertura da COP30, nesta segunda-feira(10), em Belém (PA).

A 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) começou com o presidente brasileiro alertando para a gravidade da situação global. “A emergência climática é uma crise de desigualdade. Ela aprofunda a lógica perversa que define quem é digno de viver e quem deve morrer”, afirmou Lula, na sessão de abertura.

O presidente destacou que a escolha de agir agora pode garantir um futuro diferente. “Mudar pela escolha nos dá a chance de um futuro que não é ditado pela tragédia. Devemos a nossos filhos e netos a oportunidade de viver em uma Terra onde seja possível sonhar”, declarou.

A crise do pesente

O presidente alertou que a mudança do clima é uma realidade palpável que exige intervenção urgente dos líderes e representantes de todo o mundo, citando eventos recentes que demonstram a proximidade da tragédia.

Ao lembrar o tornado que afligiu o município de Rio Bonito do Iguaçu, no Paraná, na última sexta-feira (7), com ventos que chegaram a 330 km/h, além de outras calamidades climáticas, o presidente enfatizou a urgência da situação. “A mudança do clima já não é ameaça do futuro. É uma tragédia do presente.”

Impacto global 

O discurso de abertura da COP30 em Belém destacou como os eventos extremos estão espalhando dor e destruição em diversas partes do planeta:

  • Américas: O furacão Melissa, que fustigou o Caribe, e o tornado que atingiu o Paraná, deixando vítimas fatais e um rastro de destruição.
  • Outras Regiões: As secas e incêndios na África e na Europa, e as enchentes na América do Sul e no Sudeste Asiático.

Lula foi enfático ao sublinhar o impacto social da crise: “O aumento da temperatura global espalha dor e devastação, especialmente entre as populações mais vulneráveis”. O apelo é que a ação climática não se separe da agenda de justiça social e combate à desigualdade.

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