O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a imposição de uma tarifa de 50% anunciada por Donald Trump. A informação, já adiantada pela CNN, foi reforçada por Lula em entrevista à Record nesta quinta-feira (10) e em uma publicação incisiva em sua conta na rede social X.
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“O povo brasileiro precisa ser respeitado. A justiça brasileira precisa ser respeitada. Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países. O Brasil vai adotar as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas”, publicou Lula no X, solidificando a posição de defesa da soberania nacional.
Em entrevista a Record, Lula detalhou as ações do governo diante da taxação. Ele explicou que o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) já estavam em conversas com os Estados Unidos desde a taxação anterior de 10%, mas que a nova medida exige uma resposta mais contundente.
O povo brasileiro precisa ser respeitado. A justiça brasileira precisa ser respeitada. Somos um país grande, soberano, e de tradições diplomáticas históricas com todos os países. O Brasil vai adotar as medidas necessárias para proteger seu povo e suas empresas.#EntrevistaRecord pic.twitter.com/pdMuVP1rPM
— Lula (@LulaOficial) July 10, 2025
“Do ponto de vista diplomático, nós temos que recorrer à OMC. Você pode, junto com a OMC, encontrar um grupo de países que foram taxados pelos Estados Unidos e entrar com um recurso na OMC”, afirmou Lula. Essa abordagem busca fortalecer a posição brasileira ao alinhar-se com outras nações impactadas pelas políticas tarifárias americanas.
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Reciprocidade
Apesar de priorizar a via diplomática, o presidente brasileiro deixou claro que o governo está preparado para medidas mais drásticas. “Isso tem toda uma tramitação que a gente pode fazer. Se nada disso der resultado, nós vamos ter que fazer a lei da reciprocidade”, alertou Lula. A lei da reciprocidade implicaria em taxar produtos americanos na mesma proporção que os produtos brasileiros forem tarifados, uma medida de contra-ataque que sinaliza a determinação do Brasil em proteger sua economia.