Em vídeo divulgado na manhã deste sábado (22), irmão do ex-presidente classifica operação da Polícia Federal como “cirúrgica” e “arquitetada” para evitar reação popular imediata.
Na manhã deste sábado (22), Renato Bolsonaro, irmão do ex-presidente Jair Bolsonaro, divulgou um vídeo em suas redes sociais reagindo à prisão preventiva de Jair. Visivelmente abatido, Renato classificou o dia como “triste” e sugeriu que a operação da Polícia Federal (PF) foi estrategicamente planejada para ocorrer em uma data e horário que dificultassem a mobilização de apoiadores.
Jair Bolsonaro foi levado por agentes da PF por volta das 6h da manhã para a sede da corporação em Brasília. Segundo Renato, a ação foi mantida em sigilo absoluto até o momento da execução. “Coincidentemente, dia 22 de novembro. Tudo planejado, tudo arquitetado até o dia para se levar Jair Bolsonaro para a Polícia Federal. […] Engraçado essa notícia, a imprensa não sabia, totalmente sigilosa, cirúrgica, para que realmente a população brasileira não pudesse ter o sentimento imediato, que essa prisão pudesse até se manifestar”, declarou Renato.
Durante o pronunciamento, o irmão do ex-presidente defendeu o legado de Bolsonaro, afirmando que ele “sempre honrou seu juramento” e “lutou pelo povo brasileiro”. Para Renato, a prisão não possui fundamento legal robusto, servindo, em sua visão, como um ato de intimidação política. “É o selo, a conclusão da injustiça que está acontecendo no nosso país. […] [Está] sendo preso como mostra, como troféu, para que ninguém ouse afrontar esse sistema que está instalado em nosso país”, afirmou.
Renato encerrou o vídeo expressando sentimentos de decepção e impotência diante do cenário, afirmando que, no momento, resta à família e aos apoiadores “somente a fé em Deus”.
Assista o vídeo
Entenda o caso
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro ocorre no âmbito das investigações que apuram supostos atos contra o Estado Democrático de Direito e o planejamento de um golpe de Estado. A operação deflagrada neste sábado cumpre mandados expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
De acordo com as informações preliminares, a decisão pela prisão preventiva baseou-se na necessidade de garantia da ordem pública e na conveniência da instrução criminal. O ex-presidente foi encaminhado diretamente para a Superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde deve permanecer à disposição da Justiça.


