SP: Carcereira Condenada por “Bater Carteiras” é Demitida; saiba quem é ela

Demitida por Tarcísio por bater carteiras em delegacia, carcereira tinha antecedentes e atuou por mais de 20 anos na Polícia Civil

Alessandra Salete Camargo, uma policial civil com mais de duas décadas de serviço na Polícia Civil de São Paulo, viu sua carreira chegar a um fim abrupto. Aos 48 anos, ela foi demitida pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) após ser condenada por um crime inusitado: “bater carteiras” dentro da delegacia em Piracicaba, no interior paulista, onde atuava como carcereira.

O Caso

O episódio que levou à demissão de Alessandra ocorreu em 2017. Ela foi acusada de furtar dinheiro das carteiras de pessoas que compareciam à delegacia. A condenação veio por peculato, improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Alessandra nega veementemente as acusações.

Na época dos fatos, a policial recebia um salário de R$ 2,3 mil e desempenhava suas funções na Unidade de Polícia Judiciária Agrupada de Piracicaba (UPJA), localizada no centro da cidade. Sua trajetória na Polícia Civil paulista começou em 1994, e ela passou por carceragens em Campinas e Charqueada, também no interior do estado.

Clique aqui para seguir o novo canal do Portal 84 no WhatsApp

Antecedentes na Ficha Criminal

A ficha criminal de Alessandra revela um histórico controverso. Em 2014, ela foi presa em flagrante sob suspeita de furto em um supermercado em Piracicaba, onde trabalhava. No entanto, não chegou a ser condenada por esse incidente. Além disso, em 2007, enfrentou outros dois inquéritos que acabaram arquivados.

Leia mais

O Veredito

Alessandra foi julgada e condenada por seus atos ilícitos. O juiz Mauricio Habice, da 2ª Vara da Fazenda Pública de Piracicaba, descreveu sua conduta: “Enquanto lavrava os boletins de ocorrência, [Alessandra] aproveitava-se do cidadão que lá estava, solicitando que ele fosse até outra sala, deixando seus pertences pessoais sobre uma mesa. Durante a ausência da vítima, ela subtraía os valores de suas carteiras e os guardava dentro da CPU de seu computador, para depois ter acesso ao dinheiro.”

Uma das vítimas relatou que, após registrar um furto de capacete na delegacia, saiu para pegar as folhas do boletim de ocorrência. Ao retornar, percebeu que R$ 190 haviam desaparecido de sua carteira. Outras duas vítimas também foram identificadas, totalizando R$ 350 em dinheiro roubado.

Alessandra permaneceu em silêncio durante o julgamento. Agora, sua carreira na Polícia Civil chegou ao fim, marcada por um desfecho inesperado e controverso.

Da redação com informações do Metrópoles e Gazeta Brasil

RECOMENDAMOS