No DF, Casa de Parto de São Sebastião se consolida com atendimento humanizado e já acolheu mais de 6 mil famílias

Tamara Santos, 34, se surpreendeu com o atendimento: "Aqui foi surreal. Todo o suporte, todo mundo atencioso". Foto: Matheus Oliveira/Agência Saúde DF

Local é referência para partos de gestantes de baixo risco. Suporte e equipe especializada são diferenciais

Ao ver o mundo pela primeira vez, a pequena Lívia Helena se deparou com um quarto de poucas luzes, cheirando à lavanda e preenchido por sons relaxantes. Durante as quatro horas de trabalho de parto, sua mãe, Tamara Santos, 34, foi acompanhada por uma equipe profissional especializada em parto humanizado na Casa de Parto de São Sebastião.

Tamara relembra que chegou ao local apreensiva, mas se surpreendeu com o atendimento. “Aqui foi surreal. Todo o suporte e atenção conosco. No momento em que eu sentia muita dor, por exemplo, a equipe tentava me acalmar, me amparar. Assim, o parto foi fluindo e deu tudo certo”, conta.

O parto de Tamara soma-se aos mais de 6 mil outros realizados pela unidade, desde a sua inauguração em 2001. De janeiro a julho deste ano, foram cerca de 210; em 2024 o número chegou a mais de 430 nascimentos.

Com uma equipe formada por enfermeiros obstétricos e técnicos em enfermagem, o local é referência para partos normais de baixo risco a pacientes que residem em São Sebastião, Paranoá, Itapoã, Jardim Botânico e Jardins Mangueiral. São quatro salas amplas e equipadas com diversos recursos para a parturiente, como cama, banqueta, “cavalinho” e até banheira.

A supervisora da unidade, Adrielle Maia, enfatiza que o diferencial é o cuidado que respeita a fisiologia da mulher. “Temos uma equipe qualificada e treinada para dar assistência ao parto de baixo risco. É um ambiente acolhedor, onde a paciente tem espaço e recursos para utilizar durante o trabalho de parto. Respeitamos a pessoa, da hora do nascimento até o puerpério”, destaca.

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Integração com Banco de Leite

O trabalho na Casa de Parto é, ainda, integrado ao Banco de Leite Humano (BLH), localizado no mesmo local. Assim que a mãe dá à luz, a equipe oferece suporte para a primeira mamada do bebê.

“No mesmo dia em que a Lívia nasceu, já vieram me ajudar a amamentar, principalmente, porque a bebê chegou de madrugada e eu estava muito exausta”, relembra Tamara. “Antes que eu tivesse alta, também realizaram uma sessão de laser no meu seio para aliviar a dor.”

Os serviços do BLH da Casa de Parto, contudo, não são exclusivos às puérperas que tiveram filhos na unidade. O setor atende qualquer mulher que enfrenta problemas relacionados à amamentação. As interessadas podem ir à unidade e receber uma consultoria com os profissionais especializados.

Lidiane Fernandes, 28, buscou essa ajuda. Ela começou a sentir febre durante o aleitamento de Ana Laura, de apenas 3 meses. No BLH, iniciou as sessões de laserterapia. “Fui muito bem tratada e as profissionais me ajudaram bastante, porque meu peito ficou muito ferido. Ainda bem que eu vim”, revela.

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