Deputados de esquerda votam contra câmeras em escolas do DF e ignoram onda de violência; “Ferramenta de controle ideológico”, alegam

A CLDF aprovou o projeto que visa aumentar a segurança na rede pública, mas parlamentares do PT e Psol alegaram que a medida “prioriza repressão sobre diálogo”, ignorando a escalada de violência

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou ontem(21) o projeto de lei que obriga a instalação de câmeras de vídeo e registro de áudio nas escolas públicas da capital, como resposta à grave onda de violência na rede de ensino. Embora a medida vise aumentar a segurança, parlamentares do PT e Psol votaram contra a proposta, que é de autoria dos deputados Roosevelt Vilela (PL) e Thiago Manzoni (PL) e foi aprovada pela maioria.

Em meio a estupros e agressões, oposição vota contra segurança

Os deputados como Gabriel Magno (PT) e Fábio Félix (PSOL) votaram contra a proposta, usando narrativas que a classificam como uma “ferramenta de controle ideológico” ou “ameaça à liberdade docente”.

O deputado Fábio Félix (PSOL), que alegou que o PL “prioriza repressão sobre diálogo”. Tal posicionamento parece ignorar a falha dos métodos atuais diante de atos criminosos e a escalada de incidentes violentos que forçaram a ação do Legislativo.

Será que esses deputados que votaram contra a lei não enxergam o que está acontecendo nas escolas do DF?

A realidade que a oposição ignora

Nos últimos dias, a urgência da segurança nas escolas foi tristemente reforçada por uma série de incidentes, que colocam alunos e professores em risco:

  • Um professor da educação infantil foi preso preventivamente pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) na tarde desta quinta-feira (2) por estupro de vulnerável. Ele é suspeito de abusar de uma criança de quatro anos, aluna de uma escola localizada no Itapoã (DF).
  •  Nesta segunda-feira (20), um professor foi agredido dentro da escola após pedir a uma aluna que guardasse o celular. Agressor foi o pai da estudante, que o atacou na sala de coordenação.
  • Foi registrado um caso de esfaqueamento de um aluno pelo outro em uma escola do Riacho Fundo II.

Em defesa da medida, o deputado Roosevelt Vilela (PL), autor do projeto, ressaltou a necessidade de proteger a comunidade escolar: “É preciso dar um basta. Temos que proteger alunos, professores e toda comunidade escolar. Recentemente, nós vimos um professor sendo preso por violentar sexualmente uma aluna de quatro anos de idade”, destacou o parlamentar.

Thiago Manzoni (PL), que também é autor do projeto, esclareceu que a proposta não impõe o monitoramento, mas sim oferece uma ferramenta de prevenção às escolas: “As escolas não serão obrigadas a adotarem câmeras, o projeto vai prever apenas a possibilidade. Câmera de vigilância em sala de aula não é repressão, é prevenção”, defendeu Manzoni, rebatendo a narrativa de que a proposta visa o controle da categoria.

RECOMENDAMOS