Realizada pelo Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), a série dá voz a povos e comunidades tradicionais que conservam o Cerrado
O Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) realiza entre os dias 24 e 26 de outubro, em Brasília, uma programação especial no SESI Lab com a exibição da série de curtas-metragens “Cerrado, Coração das Águas”. Produzida no âmbito da campanha nacional de mesmo nome, a série reúne histórias de povos e comunidades tradicionais que vivem e conservam o Cerrado, bioma responsável por abastecer as principais bacias hidrográficas do país.
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Mais da metade da vegetação nativa do Cerrado já foi derrubada. Mesmo assim, é nesse território que nasce a água que chega a milhões de brasileiros. A campanha e os filmes mostram que, sem o Cerrado, não há Amazônia, não há Pantanal e não há segurança hídrica para o Brasil.
“O Cerrado não pode continuar invisível. Valorizar os povos que protegem a terra e a água é o caminho para garantir vida e futuro”, afirma Isabel Figueiredo, coordenadora do Programa Cerrado do ISPN.
As vozes do Cerrado
Nos curtas, os personagens falam por si. As quebradeiras de coco lembram que “se acabar o babaçu, acaba a vida da gente”. Vazanteiros contam como seguem o ritmo das cheias e secas dos rios para cultivar, colher e alimentar suas famílias. Povos indígenas e quilombolas reforçam que a terra é território de vida, e não mercadoria. Em todas as histórias, a mensagem é clara: cuidar do Cerrado é garantir água, alimento e cultura.
Cada episódio revela uma dimensão do bioma:
Água – rios e nascentes ameaçados pelo desmatamento e pelo uso intensivo do solo.
Território – a luta de comunidades contra a grilagem e a violência no campo.
Saberes – práticas ancestrais que conciliam conservação, agricultura e identidade cultural.
Futuro – a urgência de políticas que reconheçam os territórios tradicionais como barreira contra a destruição.
Boi de Seu Teodoro: o festejo que guarda memórias
Antes da sessão de sábado, o público será recebido pelo Boi de Seu Teodoro, grupo reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial do Distrito Federal. Criado por Teodoro Freire, o boi surgiu entre trabalhadores maranhenses que participaram da construção de Brasília e ajudaram a firmar, no Cerrado, a presença das manifestações culturais do Maranhão.
Com sede em Sobradinho, o grupo mantém viva a tradição do Bumba Meu Boi, do Tambor de Crioula e de outras expressões do estado, reunindo música, ritmo e narrativa em apresentações que são parte essencial da identidade cultural do Distrito Federal.
Para saber mais, acesse: cerrado.org.br
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