Contas do governo de Ibaneis Rocha de 2022 são aprovadas com ressalvas pelo Tribunal de Contas

O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) aprovou, com ressalvas, as contas do governador Ibaneis Rocha referentes ao ano de 2022. A decisão foi tomada por unanimidade, nos termos do voto do relator, o conselheiro Renato Rainha. O ano marcou o fim do primeiro mandato de Ibaneis, além de ter sido um ano de eleição e com o fim da crise sanitária da Covid-19.

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O TCDF apontou 15 ressalvas, entre as quais o aumento dos gastos do governo sem nenhum contrato. Em 2022, os gastos com serviços e fornecedores sem contrato válido deram um salto e alcançaram os R$ 304,9 milhões.

Dentro destes gastos sem contratos, a Secretarias de Saúde e de Educação foram as pastas que apresentaram as maiores despesas deste tipo, principalmente em serviços de limpeza e vigilância.

“A ausência de cobertura contratual gera severo prejuízo à atuação governamental, à fiscalização a cargo do controle externo e, em última análise, à população do Distrito Federal”, aponta o relator da decisão, o conselheiro Renato Rainha.

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Além da realização de despesas sem cobertura contratual, o TCDF também apontou outras ressalvas, como:

  • Baixa execução do orçamento alocado aos fundos especiais;
  • Superestimativa nas receitas e despesas de capital;
  • Deficiência na apuração e no alcance de metas e indicadores de desempenho dos programas governamentais;
  • Inconsistência nos valores da dívida de precatórios judiciais do Distrito Federal;
  • Incompatibilidade entre a arrecadação da dívida ativa e o estoque da dívida contabilizado;
  • Ausência de metodologia para avaliar se tem sido bom para a população do DF a não entrada de R$ 6,6 bilhões em tributos nos cofres públicos distritais por conta dos incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo GDF.

Em relação aos recursos que não foram gastos de fundos especiais, o TCDF aponta que dos 35 fundos que receberam definição de gastos mínimos ao longo de 2022, 20 apresentaram baixa execução, não chegando nem à metade do valor.

Além disso, cinco fundos não tiveram nenhuma execução:

  • Fundo dos Direitos do Idoso do DF (FDI);
  • Fundo da Universidade do DF (FundDF);
  • Fundo de Desenvolvimento do DF (Fundefe);
  • Fundo de Habitação de Interesse Social do DF (Fundhis);
  • Fundo de Apoio à Pesquisa do DF (Fundap).

No relatório, os conselheiros do TCDF determinaram que o GDF tome as medidas necessárias para solucionar as ressalvas apontadas.

Agora, o documento segue para a Câmara Legislativa do DF (CLDF) , responsável pelo julgamento definitivo das contas.

O que diz o Palácio do Buriti?

“A aprovação das contas de 2022, por unanimidade dos conselheiros do TCDF, demonstra que o GDF está no caminho certo. Apesar de haver ressalvas a enfrentar, a própria corte apontou hoje (23) que ao longo dos últimos cinco anos, o governo evoluiu nos processos administrativos, execução orçamentária e prestação de contas”.

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Brasília, Emprego e Renda, Saúde