Ações integradas focam na oferta de abrigo, emissão de documentos e cuidados com a saúde. Abordagem humanizada busca devolver cidadania e autonomia a pessoas em vulnerabilidade
O Governo do Distrito Federal (GDF) intensificou sua atuação nas ruas da capital. Desde março de 2024, foram realizadas quase 400 ações de acolhimento voltadas para pessoas em situação de rua. As operações, coordenadas pela Casa Civil, não se limitam à retirada de estruturas, mas priorizam a oferta de serviços essenciais.
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A iniciativa faz parte de um plano estratégico que envolve diversos órgãos, como a Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes) e a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal), além de forças de segurança e saúde.
Como funciona a abordagem?
O diferencial dessas ações é o caráter humanizado e multidisciplinar. Antes de qualquer intervenção no espaço urbano, equipes de abordagem social entram em contato com as pessoas instaladas em locais públicos para:
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Ouvir e cadastrar: Entender a história e as necessidades de cada indivíduo.
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Ofertar Acolhimento: Disponibilizar vagas em unidades de acolhimento institucional (abrigos).
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Facilitar Serviços: Oferecer encaminhamento para tratamento de saúde, comunidades terapêuticas (em casos de dependência química) e emissão de documentos.
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Viabilizar Retorno: Quando é desejo da pessoa, o GDF auxilia no contato familiar ou no retorno à cidade de origem.
Desocupação com responsabilidade
Muitas dessas ações envolvem a desocupação de áreas públicas, como praças e calçadas, que acabam sendo utilizadas para moradia improvisada. O GDF reforça que o objetivo é garantir a salubridade desses espaços e a segurança de todos, mas sempre oferecendo uma alternativa digna para quem está na rua.
Quando há recusa do acolhimento — já que a internação ou abrigo não podem ser forçados —, as equipes continuam o monitoramento e a oferta de benefícios sociais, como o Prato Cheio e auxílios financeiros, para quem se enquadra nos critérios.
O sucesso das quase 400 operações se deve à integração das pastas. Enquanto a Sedes cuida do social e a Saúde oferece suporte médico (incluindo Consultório na Rua), o SLU atua na limpeza imediata dos locais e a Novacap na recuperação de mobiliários urbanos.


